segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Não podemos ficar aí parados!



O moço passava todo dia,
o máximo que encontrava era o fim do dia.
O moço, coitado, andava sempre em linha reta.
O moço, olhava até a curva da estrada,
nunca alcançava um passo a mais em sua caminhada.
Um dia, uma ventania tirou o moço da linha reta.
Então, ele simplesmente parou.
Nunca mais andou.

Qualquer um de nós pode ser esse "moço". Ou não.
Tudo depende do modo como levamos a vida. É preciso mais que chegar ao fim do dia. É fundamental dançar na curva, nem que seja com dor. Brincar de ciranda. Descer, subir, cair, levantar. Andar de mãos dadas com mais que mãos, com coragem, coração. Crescer tanto como adulto, a ponto de saber voltar a ser criança. E se acaso vier a ventania (é inevitável que não venha), se jogar e voar em bando!
É necessário mais que ser e estar para, e apenas, consigo mesmo. É soberano e dádiva de Deus ser sempre o protagonista na primeira pessoa do plural. Querer em coro e em conjunto, o suor e sangue para ultrapassar o limite.

Hoje acordei me sentindo "sujeito composto" da oração. É a revolução!
É a revolução! Não começou em mim, e não tem tempo nem hora para acabar. O ciclo continua. Força! Nós ainda chegamos lá!
É apenas o início da semana, e uma satisfação enorme em estarmos MAIS que vivos!

sábado, 15 de novembro de 2008

Surpresa

Quando abri a janelinha, um presente havia sido deixado;
era resquício de amor...



do meu amor...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Abrindo parênteses

É normal esquecer a idade da gente?
Quando escrevi o texto abaixo, coloquei que tinha 28 anos. Então me liga o Marcos, meu amor, e diz: "Amor adorei seu texto no blog e tal, mas não gostei que errou sua idade."
Daí, eu perguntei: "Mas que idade coloquei?", e ele respondeu "28".
Demorei um tempo pra aceitar que realmente tinha errado. Eu juro, já faz algum tempo que acho que tenho 28 anos. Para onde mandei os meus 27 aninhos?
Acho que o tempo anda mexendo demais comigo...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008



Donnie: "Por que é que usa essa roupa de coelho?
Frank: " Por que é que usa essa roupa de homem?


Há uma coisa que cresceu de repente e transformou viver em priorizar amigos, música e momentos. Isso tudo começou lá pelos anos 80.
Eu não sei, mas ainda hoje quando me olho no espelho, (ou quando sou olhada, nunca tenho certeza), me pegunto "Ei, onde está você, essa coisa que cresceu e sumiu?", "Para onde foi?". E no fundo do "nulo infinito", fica apenas a sensação de algo que responde:
"Ow, estou lá! Nas ruas com os amigos. Na varanda de uma edícula. Estou nos corredores da faculdade. Estou numa "certa" república . Na descoberta do rock, da música popular, do samba, e da poesia. Estou nas verdades incontestáveis das revoltas políticas, filosóficas e socias.
Estou nas noites mal dormidas pelas ressacas da vida. Nas cólicas. Na garrafa de vinho tinto suave, (de quinta categoria). Nos abraços no boteco. Estou onde nasce o sol e também onde ele se põe. Estou no soar do sino da Praça José Bonifácio. E no cheiro do pão da Padaria "Canadá". Estou lá, nos vinte e poucos anos e em tudo que não cabe palavras..."
Hoje, com 27 anos, a terrível sensação de que tudo isso seja apenas um trailer.
Em suma, eu nem conheço o filme.
Tudo bem, essa coisa toda de que falei tem nome sim, "a folha da juventude é o nome certo desse amor", e por onde anda, AHH! Adivinha?
Obrigada Milton.