segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Castelo de cimento.

Fiz um castelo de areia
que a onda desfez.
Fiz então novo castelo
e outra onda desfez...

Misturarei, no próximo castelo de areia
cimento de uma vez!


*Escrito no dia 25/11/2010

Somos valores, somos invalores.

Estou parando para pensar. Parar pra pensar é uma arte que requer equilíbrio, desconstrução, ir e vir numa análise que produz um árduo caminho descompassado, um eco de sonhos antigos, esperanças passadas e depois de tudo, nova construção.

É lógico que como toda construção é necessário um bom trajeto. Me refiro ao tal do tempo...

Só depois de parar pra pensar é que nos damos conta daquilo que temos em mãos. A somatória de conseqüências de acontecimentos anteriores com os atuais, em um elo que se explica numa lógica independente do tempo, (agora aqui o tempo já não importa). Isso tem sido encarado por mim como um presente da vida para aprender um pouco mais de mim mesma, porque de fato as pessoas não mentem “tudo tem seu lado bom”, é o que mais tenho ouvido, e é mesmo verdade.

Acho que esse tempo parada, pensando, tem me feito sentir, principalmente, que na vida somos insignificantes quando não nos sentimos valorizados ou valorizando. Por nós mesmos, pelos outros, pelo meio ou pelos nossos pais. Sim, falo de valores materiais, como ganhar um aumento por seu trabalho, uma recompensa por fazer aquilo a que foi confiado fazer. Nós queremos isso o tempo todo. São valores.

Mas, em meio a esses pensamentos que hoje refleti, somos também compostos de “invalores”, que me perdoem os letrados, gramáticos e lingüistas. Inventei agora uma palavra nova, “invalor”. O “invalor” não se explica.

Mas, posso dizer que invalor pode ser algo comparado aos olhos de uma criança que pega no lápis pela primeira vez, que destampa as tintas do armário e pinta todas as paredes da casa. Invalor pode vir de uma pessoa que pouco o conhece e diz “sua dor é a minha dor”. Invalor é receber flores roubadas das mãos de uma criança. Invalor é deitar no colo de alguém e se sentir acolhida. Invalor está em cada amigo que faz com nos que cresçam músculos, mesmo sem nenhuma atividade física, como a musculação.

Invalores incalculáveis infinitos ímpares e imortais.

É lógico que numa linha paralela, existem aqueles valores calculáveis, como já falei. Hoje eu sei dar por eles também.

O valor que aqui quero deixar expresso, pode ser metaforicamente traduzido por um aparelho celular. Por “ondas eletromagnéticas, ligadas a transmissão bidireccional de voz e dados utilizáveis em uma área geográfica que se encontra dividida em células, cada uma delas servida por um transmissor/receptor”. E ainda, (vejam só quanto valor!) uma conta telefônica de bônus “liberty” para falar o tempo que quiser, (não precisando mover-se para "estar" e sim pra transmitir).

E não adianta você querer se gabar achando que é composto apenas de “invalores”. Isso é hipocrisia. Hoje sei o quanto somos compostos de valores e invalores.

E quer saber? Já estou preparada, que venham todos eles...


*Escrito em 11/11/2010


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Estou em busca da minha essência.