quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

“II y a toujours quelque choe d’abient qui me tourmente”



Todos os dias, no momento de dormir, fico olhando para o lugar que era dele.

Eu costumo chamar de "lugar dele", por que se há dois travesseiros, (e eu sempre dormi somente com um), é proposital esse lugar ser chamado "dele".

Todos os dias, eu sinto muito a sua falta. A companhia; o abraço; o carinho; as mãos se encontrando. De acordar no meio da noite pra fazer xixi, e admirar seu rosto, tão sereno e bonito.

Hoje eu rolei dos dois lados da cama, no meu e no dele. Mas de repente caí.

Na verdade não tenho certeza se cai, porque desde que comprei a minha "camona", (como carinhosamente gosto de chama-lá), meu maior receio foi de cair.

Então, talvez eu estivesse apenas sonhando...

O que me lembro é que, olhei para o lado e a cama se partiu, não tinha o outro lado, só um, bem apertado, para mim.

Me agarrei nas almofadas com toda a força, mas abruptamente fui interrompida pela vizinha falando muito alto, da janela, ao lado do meu quarto. Ufa! Pelo menos me dei conta de que era realmente um sonho e percebi que estava acordada.

Foi então, que olhei para o lado e assustada não achei o outro lado da cama. Nesse momento, uma sensação estranha de que algo se rompera entre mim, a cama e aquilo que julgava ter.

O fato é que, uma dor agora invadiu o corpo todo.

Só pode ser a dor do tombo. Ainda devo estar sonhando, só pode ser isso...

"Acorda! Acorda! Acorda!". Droga, não consigo dormir...


PS. Texto escrito no dia: 29/10/2010.

http://www.youtube.com/watch?v=PE51uECkM80&feature=related

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